O senso de merecimento na infância: por que ele é tão importante?

O senso de merecimento na infância: por que ele é tão importante?

Você já percebeu como tudo parece acontecer rápido demais? As respostas chegam em segundos, os cliques são imediatos, as postagens nunca param. As crianças também estão imersas nesse mundo acelerado, onde tudo parece acontecer “para ontem”. Mas a vida real não funciona assim. Nem tudo vem no momento em que desejamos e é exatamente nesse ponto que o senso de merecimento se torna essencial no desenvolvimento infantil.

O que é o senso de merecimento?

O senso de merecimento é a compreensão de que fazer vem antes de receber, de que esforço e dedicação geram resultados. Desde cedo, quando ajudamos a criança a vivenciar isso, estamos fortalecendo habilidades sociais e emocionais fundamentais para sua vida.

O que a criança aprende com esse processo?

Ao vivenciar o “fazer para conquistar”, a criança aprende a:

- lidar melhor com frustrações

- valorizar aquilo que conquista

- respeitar o tempo das coisas

- compreender que seus atos têm consequências

Essas experiências impactam diretamente na construção da autonomia e da autoestima. A criança passa a reconhecer o próprio valor através de suas atitudes e se sente mais segura emocionalmente.

E quando tudo é dado sem esforço?

Quando o adulto oferece tudo de forma imediata, apenas para evitar choro ou birra, a mensagem que a criança recebe é simples: "basta querer para ter". Isso pode gerar comportamentos imediatistas e dificuldades futuras na escola, nas amizades e até na vida adulta, quando será preciso lidar com limites, responsabilidades e frustrações.

Quando proporcionamos às crianças experiências de conquista, estamos preparando-as para serem mais confiantes, gratas e resilientes. O senso de merecimento não se ensina de uma vez só: ele se constrói nas pequenas interações do dia a dia, no jeito como ouvimos, acolhemos e valorizamos cada gesto e esforço.

Vamos juntos cultivar o senso de merecimento nos pequenos? O futuro agradece.

Com carinho, Ana Dubena

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